Em nosso artigo “O novo desenvolvimento organizacional”, apresentamos a proposta da mudança de modelo do negócio, passando de forma planejada de um modelo A para um modelo B, cujo objetivo pode ser até direcioná-lo para outro setor, ou ter uma empresa mais competitiva.
Com base no estudo das Sete Transformações de Lideranças, de David Rooke e William R. Torbert, vindo de experiências de 25 anos de consultoria, existe a classificação do perfil de lideranças a partir de sete lógicas de ação: 5% das lideranças são oportunistas, 12% diplomatas, 38% especialistas, 3% realizadoras, 10% individualistas, 4% estrategistas e 1% alquimistas.
Isso nos levou a concluir, após estudar cada um desses perfis, sobre a relação da qualidade da liderança e os resultados da organizações, em razão de que os três últimos estão nas empresas que conseguem melhores frutos. E os quatro primeiros, na maioria das empresas medianas ou abaixo do desejado – o que reforça a importância das lideranças.
O desastroso é que, quando consolidado um modelo de gestão conservador, o corporativismo acaba predominando e a empresa pode sucumbir.
O que chamamos de “pulo do gato”? O fato de que a grande aposta do novo desenvolvimento organizacional, mais do que antes, será focar a transformação das lideranças, elevando-as a um estágio mais avançado, a fim de obter resultados acima da média do seu setor, ou para ignorar a concorrência, criando mercados. Mas não é algo fácil, mesmo sendo bem planejado.
O que é animador é que as primeiras decisões, quando se deseja mudar o modelo de negócio, são de trocar as pessoas – e isso não é mais necessário, se os atuais gestores acreditarem que podem transformar a “lógica de ações” de liderar suas equipes, modificando seu estilo de liderança. Esse é o “pulo do gato” que muitos gestores de sucesso conseguem. É um dos fatores estratégicos do novo desenvolvimento organizacional.
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia.
